15/04/2024

Abril Azul: saiba o que é o Transtorno do Espectro Autista

Por Simone Vilk

 

Estudos recentes apontam um em cada 50 crianças tem incidência de Transtorno do Espectro Autista – TEA, que é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções. E de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) há cerca de 70 milhões de pessoas autistas no mundo.

Sabe-se que os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade, no entanto, cada vez mais tem ocorrido diagnósticos tardios, que alcançam também pessoas adultas.

O TEA como um transtorno do neurodesenvolvimento pode ser caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos, podendo ser encontrado em três níveis de suporte: autismo leve, moderado e severo. Apesar de possuir essas classificações na literatura mais comum, é preciso abrir o leque de possibilidades de novos conhecimentos, compreendendo a diversidade, para inclusive, propiciar a inclusão de uma forma mais plena.

Diante de tudo isso é possível ver a relevância do assunto, razão pela qual são tão importantes as campanhas sobre o tema, pois só o conhecimento é capaz de conscientizar a população sobre o autismo, trazer visibilidade e buscar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva.

Este é o objetivo do abril azul, que foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem um significado especial para quem trava batalhas diárias em busca de diagnóstico precoce e tratamento. A cor foi escolhida por ter uma incidência maior no sexo masculino. Mas há também o quebra cabeça colorido, que simboliza os desafios que representam a complexidade do TEA, sendo que as cores vibrantes representam a diversidade. Essas representações também vão despertando novas formas de ver e interagir com os autistas.

A ONU também marcou no calendário o dia 2 de abril, como o dia mundial de conscientização sobre o autismo. O objetivo de conscientizar a população sobre o autismo, é envolver a comunidade, trazer visibilidade e buscar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva. Mas também são ferramentas importantes na conquista de políticas públicas e mesmo no incentivo para novos e incansáveis estudos.

No Brasil temos a Lei 12.764 de 2012 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, bem como as alterações trazidas pela lei 13977 de 2020, que são importantes conquistas para os indivíduos com Autismo, bem como suporte legal para as famílias.

É importante saber, que o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento e pode ser caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos, podendo ser encontrado em três níveis de suporte: autismo leve, moderado e severo. Apesar de possuir essas classificações na literatura mais comum, é preciso abrir o leque de possibilidades de novos conhecimentos, compreendendo a diversidade, para inclusive, propiciar a inclusão de uma forma mais plena.

Vale ressaltar que não tem cura e cada paciente exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado que exige a participação dos pais, dos familiares e de uma equipe multidisciplinar, como médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos, de forma a incentivar o indivíduo a ter autonomia, desenvolvendo sozinhos algumas tarefas, além de formas de se comunicar socialmente, bem como ter maior estabilidade emocional. Esse suporte é essencial para apoio as famílias e para o desenvolvimento e inclusão dos indivíduos com TEA. As palavras chaves são amor, paciência e empatia.

 

Referências:


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