21/12/2023

Acidente vascular cerebral em mulheres: Cuidados e Prevenção

Segundo estudos recentes, o acidente vascular cerebral (AVC) foi classificado como a terceira causa de morte entre adultos e idosos no Brasil. O AVC se caracteriza pela alteração do fluxo de sangue no cérebro, e é responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, que pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico. É caracterizado pela deficiência do estado neurológico e pode ocorrer de forma súbita e repentina.

 

As mulheres tem uma predisposição a um maior acometimento de ACV, e alguns motivos apontados são: sobrecarga de trabalho, estresse e o fator idade.  Isso porque, além da ocupação profissional fora   de   casa, as   mulheres   são   as   principais responsáveis pelo cuidado com os filhos e pelas tarefas domésticas, muitas vezes exercidas exclusivamente por elas. Os acometimentos aumentam também com o avançar da idade, sendo um número mais elevado de casos após a menopausa. Tudo isso faz com que aumente o nível de estresse no universo feminino, tornando-as um grupo vulnerável.

 

Outros fatores de risco apontados nesses estudos são o sedentarismo, a má alimentação, o consumo de álcool e tabaco, a hipertensão  arterial  sistêmica  (HAS) e  a  obesidade.

 

Atualmente no Brasil a expectativa de vida está cada vez maior, no entanto, o envelhecimento populacional aliado ao aumento dos múltiplos fatores de risco apontados nos quadros das doenças cerebrovasculares explicam a alta incidência de AVC no país, além disso há o histórico familiar que predispõe algumas pessoas.

 

Outros dois vilões são apontados como fatores de risco, que é o HAS e diabetes mellitus, principalmente   entre   as   pessoas   sem   tratamento   adequado,

 

As   doenças   crônicas   não   transmissíveis   têm   crescido significativamente nas últimas décadas, principalmente em relação   ao   processo   de   globalização   e   à   rápida   urbanização, além do sedentarismo, da alimentação com alto teor calórico e do consumo de tabaco e álcool.  Esses   fatores   de   risco   comportamentais causam impactos metabólicos (excesso de peso/obesidade, pressão  arterial   elevada,   aumento   da   glicose   sanguínea   e   do   colesterol),   o   que   resulta   em   doenças   cardiovasculares e AVC, entre outras enfermidades.

 

A população em geral não adota medidas adequadas de prevenção. Além disso, há certa apreensão em relação às doenças, mas não uma  ação  efetiva  para  evitá-las,  como  a  prática  de  exercícios  físicos,  o  hábito  da  alimentação  saudável  e  o  controle  da  pressão  arterial e de estresses .

 

Nesse     contexto,    se faz  necessário  a    implementação de ações educativas, intervenções e campanhas,  tais quais as que se tem em relação a  prevenção  do  câncer  de  mama  e  do  câncer  de  colo  uterino,  já  estabelecidas  dentro  das  unidades  de  saúde. Essas campanhas educativas auxiliam no conhecimento e em medidas de prevenção, proporcionando assim uma maior qualidade de vida às mulheres conduzindo-as  ao  pleno  bem-estar  e  incentivando-as ao autocuidado.

 

As deficiências neurológicas decorrentes do AVC variam em termos de proporção e do modo como afetam determinadas áreas, e por   conta   dessas   insuficiências   funcionais, o AVC, além de diminuir a qualidade de vida das pacientes   acometidas, causa   grande   impacto   na   vida   dos  familiares,  ocasionando   mudanças   de   rotina  e  reformulando  o  modo  de  vida  das  pessoas  mais  próximas.

 

Dessa forma, destaca-se a necessidade de adotar medidas voltadas à prevenção dos fatores de risco para AVC, principalmente os modificáveis (como sedentarismo, alimentação, etilismo e tabagismo), trocando-as por uma vida mais equilibrada tanto na esfera do físico quando do emocional, um cuidar do corpo e da mente.

 

Nesse viés, é preciso alertar para os cuidados preventivos, mas também para os perigos, pois é preciso sempre ter em conta que o AVC é uma emergência médica.

 

Portanto, se achar que você ou outra pessoa está tendo um acidente vascular, cerebral é preciso dirigir-se com urgência ao serviço de emergência do hospital mais próximo para um diagnóstico completo e tratamento.

 

 

Referências:

DE ARAÚJO, M. C.; FERREIRA DA SILVA, M. B.; AZEVEDO PONTE, K. M. de. CONHECIMENTO E RISCOS PARA ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM MULHERES. SANARE – Revista de Políticas Públicas[S. l.], v. 17, n. 2, 2018. DOI: 10.36925/sanare.v17i2.1256. Disponível em:  https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1256. Acesso em: 11 dez. 2023.

 

Biblioteca Virtual da Saúde. Disponível em:  https://bvsms.saude.gov.br/avc-acidente-vascular-cerebral/ acesso em 11/1202023

 


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