Acidente vascular cerebral em mulheres: Cuidados e Prevenção
Segundo estudos recentes, o acidente vascular cerebral (AVC) foi classificado como a terceira causa de morte entre adultos e idosos no Brasil. O AVC se caracteriza pela alteração do fluxo de sangue no cérebro, e é responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, que pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico. É caracterizado pela deficiência do estado neurológico e pode ocorrer de forma súbita e repentina.
As mulheres tem uma predisposição a um maior acometimento de ACV, e alguns motivos apontados são: sobrecarga de trabalho, estresse e o fator idade. Isso porque, além da ocupação profissional fora de casa, as mulheres são as principais responsáveis pelo cuidado com os filhos e pelas tarefas domésticas, muitas vezes exercidas exclusivamente por elas. Os acometimentos aumentam também com o avançar da idade, sendo um número mais elevado de casos após a menopausa. Tudo isso faz com que aumente o nível de estresse no universo feminino, tornando-as um grupo vulnerável.
Outros fatores de risco apontados nesses estudos são o sedentarismo, a má alimentação, o consumo de álcool e tabaco, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a obesidade.
Atualmente no Brasil a expectativa de vida está cada vez maior, no entanto, o envelhecimento populacional aliado ao aumento dos múltiplos fatores de risco apontados nos quadros das doenças cerebrovasculares explicam a alta incidência de AVC no país, além disso há o histórico familiar que predispõe algumas pessoas.
Outros dois vilões são apontados como fatores de risco, que é o HAS e diabetes mellitus, principalmente entre as pessoas sem tratamento adequado,
As doenças crônicas não transmissíveis têm crescido significativamente nas últimas décadas, principalmente em relação ao processo de globalização e à rápida urbanização, além do sedentarismo, da alimentação com alto teor calórico e do consumo de tabaco e álcool. Esses fatores de risco comportamentais causam impactos metabólicos (excesso de peso/obesidade, pressão arterial elevada, aumento da glicose sanguínea e do colesterol), o que resulta em doenças cardiovasculares e AVC, entre outras enfermidades.
A população em geral não adota medidas adequadas de prevenção. Além disso, há certa apreensão em relação às doenças, mas não uma ação efetiva para evitá-las, como a prática de exercícios físicos, o hábito da alimentação saudável e o controle da pressão arterial e de estresses .
Nesse contexto, se faz necessário a implementação de ações educativas, intervenções e campanhas, tais quais as que se tem em relação a prevenção do câncer de mama e do câncer de colo uterino, já estabelecidas dentro das unidades de saúde. Essas campanhas educativas auxiliam no conhecimento e em medidas de prevenção, proporcionando assim uma maior qualidade de vida às mulheres conduzindo-as ao pleno bem-estar e incentivando-as ao autocuidado.
As deficiências neurológicas decorrentes do AVC variam em termos de proporção e do modo como afetam determinadas áreas, e por conta dessas insuficiências funcionais, o AVC, além de diminuir a qualidade de vida das pacientes acometidas, causa grande impacto na vida dos familiares, ocasionando mudanças de rotina e reformulando o modo de vida das pessoas mais próximas.
Dessa forma, destaca-se a necessidade de adotar medidas voltadas à prevenção dos fatores de risco para AVC, principalmente os modificáveis (como sedentarismo, alimentação, etilismo e tabagismo), trocando-as por uma vida mais equilibrada tanto na esfera do físico quando do emocional, um cuidar do corpo e da mente.
Nesse viés, é preciso alertar para os cuidados preventivos, mas também para os perigos, pois é preciso sempre ter em conta que o AVC é uma emergência médica.
Portanto, se achar que você ou outra pessoa está tendo um acidente vascular, cerebral é preciso dirigir-se com urgência ao serviço de emergência do hospital mais próximo para um diagnóstico completo e tratamento.
Referências:
DE ARAÚJO, M. C.; FERREIRA DA SILVA, M. B.; AZEVEDO PONTE, K. M. de. CONHECIMENTO E RISCOS PARA ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM MULHERES. SANARE – Revista de Políticas Públicas, [S. l.], v. 17, n. 2, 2018. DOI: 10.36925/sanare.v17i2.1256. Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1256. Acesso em: 11 dez. 2023.
Biblioteca Virtual da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/avc-acidente-vascular-cerebral/ acesso em 11/1202023